Literatura Galega: Poesía, Narrativa e Teatro
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A LITERATURA NO EXILIO ENTRE 1936 E 1976
Por múltiples consecuencias o centro da atividade trasladouse a México e Buenos Aires. Nesta última cidade os exilados entraron en contacto con outros que emigraram antes das sublevación militar e começaram a impulsar revistas, livros e reedições. Destacar o trabalho de Castelao que se converteu em guia da liberdade de Galicia, destes anos são “Os vellos non deben namorarse”, “Sempre en Galiza” e “As cruces de pedra na Galiza”.
1.-POESÍA
Os seus autores pertencem à chamada geração do 36
- EMILIO PITA: A sua primeira publicação no exílio “Jacobusland”. Mais tarde “Cantigas de nenos”, “Os relembros. As cantigas” e “O ronsel verdegal”. Na sua poesia aliam-se musicalidade e elementos naturais com reiterações no vocabulário.
- LUIS SEOANE: Fundou com Isaac Díaz Pardo o Laboratório de Formas de Galicia. A sua obra inicia-se com “Fardel de exiliado” epopeia anônima da emigração galega. Posteriormente publica “Na brétema, Sant-Iago”, “As cicatrizes” e “A maior abondamento”
2.- NARRATIVA
- RAMÓN VALENZUELA OTERO: “O naranxo“, ”Non gardei por ninguém” novela que se desenvolve nos anos da guerra civil e “Era tempo de apandar” que mantém a temática da anterior.
- SILVIO SANTIAGO: “Vilardevós” com intenção crítica social, na qual exalta o popular e “O silêncio redimido” novela autobiográfica na qual relata a época da sua condena.
3.-TEATRO
- MANUEL VARELA BUXÁN: A sua primeira obra “Se o sei... não volto à casa” teve grande sucesso. Mais tarde escreveu “Pola nossa culpa”, “Taberna sem dono”, ”O ferreiro de Satã e Taberna sem dono” e “O cego de Fornelos e outras comédias curtas, diálogos e monólogos”. O seu teatro é um teatro popular, de linha cômica e sentimental com ambientação no mundo rural.
A POESIA DE FINS DO XX E COMEZOS DO XXI
A partir de meados dos 70 assistimos a uma abertura sem precedentes na história das nossas letras quanto à diversidade de temática, com uma eclosão de vozes e tendências que se vai prolongar até começos do XXI.
Características:
- Reflexão sobre a própria linguagem poética.
- Abertura temática, primeiro com atitude cosmopolita e depois retorno a temáticas sociais.
- Movimento quanto à presença do “eu” poético.
- Incorporação de elementos procedentes das artes musicais e plásticas.
- Presença de mulheres escritoras.
Este período pode ser analisado em três movimentos:
- 1.- PRIMEIRA FASE: Revisão do cânone poético social-realista e início da mudança de rumo. A partir dos anos 80, abandono da poesia comprometida e busca de novas pautas estéticas. Duas obras que marcam esta mudança: “Con pólvora e magnolias” de Xosé Luís Méndez Ferrín e “Herba aquí e acolá” de Álvaro Cunqueiro.
- 2.-APROMOÇÃO DOS 80: Grupo de autores que participam em revistas de expressão poética, em prêmios literários ou colaboram em volumes coletivos. Características comuns:
- Formalismo: registro culto, preocupação pela forma...
- Estabelecimento do “eu” poético.
- Abertura temática: desassossego vital, problemática social e política...
- Aceitação do exemplo de Méndez Ferrín de “Con pólvora e magnolias” e de Álvaro Cunqueiro com “Herba aquí e acolá”
Principais tendências e autores:
- Estética formalista ou culturalista:
- XOSÉ MARÍA ÁLVAREZ CÁCCAMO: “O lume branco”
- XESÚS MANUEL LÓPEZ VALCÁRCEL: “En voz baixa”
- MIGUEL ANXO FERNÁN-VELLO: “Trópico de lúas”
- MANUEL FORCADELA: “O regreso das ninfas”
- A poesia da experiência: linguagem fluída, experiências íntimas e cotidianas...
- MANUEL RIVAS: “Costa da Morte blues”
- CESÁREO SÁNCHEZ IGLESIAS: “Mar do fin da terra”
- O experimentalismo:
- VICENTE ARAGUAS: “Xuvia”
- A recuperação da voz feminina:
- XELA ARIAS: “Darío a diario”
- 3.- A DÉCADA DOS 90 E OS INÍCIOS DO XXI: Características comuns:
- Presença de vozes femininas.
- Agrupam-se em coletivos poéticos.
- Procura de novos formatos para a difusão da poesia.
- Novas coleções de comunicação poética
- Preocupação pela linguagem.
- Ao lado dos temas clássicos deixarão ver o seu compromisso social e linguístico em temas de atualidade.
Poetas e tendências:
- Poesia de transição
- GONZALO NAVAZA: “A torre da derrota”
- Poesia provocadora e contestatária:
- MARÍA XOSÉ QUEIZÁN: “Elas”
A PROSA DE FINS DO XX E COMEZOS DO XXI. TEMAS E AUTORES DOS 80 E DOS 90.
1. Prosistas e tendências atuais mais relevantes: A narrativa em língua galega, assim como outras manifestações artísticas, não pôde permanecer alheia a tantas mudanças como as que se produziram a meados dos 70. Neste período brotou uma verdadeira eclosão da narrativa. Características:
- A constatação da narrativa como a modalidade capaz de retratar a sociedade.
- Predomínio do relato breve.
- Procura da “profissionalidade” literária por parte dos autores.
- Consciência da existência de um mercado.
- Aparição de uma crítica com pretensões de “profissionalidade”
- Grande pluralidade de estilos e temáticas.
- Definitiva incorporação da narrativa galega às modas universais.
Tudo isso estará em relação com outros novos acontecimentos que têm especial repercussão nos 80: Estatuto de Autonomia, primeiras eleições ao Parlamento galego... Desta maneira, distinguem-se três etapas:
- De 1975 a 1980: persistência de modelos anteriores e primeiros sintomas da renovação.
- Década dos 80: eclosão de todas as características enunciadas antes.
- Desde os 90 até a atualidade: definitiva expansão da nova situação.
2. A narrativa de 1975-1980: Autores das etapas anteriores ainda publicam até fins dos 70. Também permanecem ativos os integrantes da NNG.
- CARLOS CASARES: Depois da sua incursão na NNG retorna a modelos mais tradicionais “Os escuros sonhos do Clío” ou “Ilustrísima”.
3. A narrativa dos 80: Os anos 80 significam a definitiva consagração da narrativa galega:
- Importante número de títulos a cada ano.
- Aparição de diferentes tendências, linhas temáticas...
- Procura do mercado do grande público.
- Atenção ao público jovem.
- Existência de novas editoras, prêmios...
As principais linhas narrativas são:
- Linha memorialística/intimista (memórias do passado infantil e juvenil): XAVIER ALCALÁ com “a nossa cinza” (memórias de um menino burguês onde utiliza o flash-back) ou “Código morse”. XM MARTÍNEZ OCA com “Um ano e um dia”.
- Novela histórica (e de ficção histórica): VÍCTOR F. FREIXANES com “O triângulo inscrito na circunferência” e ALFREDO CONDE com “Sempre me matan” e “O difícil que é matar”.
- O relato policial: CARLOS R. REIGOSA com “Crime em Compostela” e SUSO DE TORO com “Polaroid”.
Mais além destas tendências, aparece um autor que marca uma época: MÉNDEZ FERRÍN. Participa na NNG com “Retorno a Tagen Ata”. Nos 80 publica “Crónica de nós” e “Arnoia, Arnoia”. Os principais elementos e temas que aparecem na sua obra são: denúncia da realidade galega, presença de territórios mitológicos criados pelo autor, o poder destrutivo da violência e da fascinação... A sua última obra é “No ventre do silêncio”.
4. A narrativa dos 90 e começos do s. XX: Há tendências temático-estilísticas que ou se consolidam ou brotam nesta época:
- Persistência da novela histórica: XESÚS RÁBADE PAREDES com “Branca de Loboso”, DARÍO XOÁN com “Morte de rei” e X. FERNANDEZ FERREIRO com “Agosto do 36”.
- Temática memorialística/intimista: RAMIRO FONTE com “Os leopardos da lua”, MANUEL VEIGA com “O exilado e a primavera” etc.
- Novela de autor ou experimental: XOSÉ CID CABIDO com “Grupo abeliano”, GONZALO NAVAZA com “Erros e Tánatos” etc.
- Neocostumismo urbano ou semiurbanismo: a “narrativa bravú”. MANUEL RIVAS com “Um milhão de vacas”.
- “Narrativa de mulher”: MARIA XOSÉ QUEIZÁN, URSULA HEINZE, MARGARITA LEDO...
- Entremistura de gêneros: FRAN ALONSO, MIGUEL ANXO MURADO...
- A literatura infantil e juvenil: Até 1960 não apareceram as primeiras edições infantis e juvenis em galego, a partir de 1990 se produz um auge desta literatura: PACO MARTÍN...
O TEATRO DE FINS DO XX E COMEZOS DO XXI. TEMAS E AUTORES DOS 80 E DOS 90.
A aprovação do Estatuto de Autonomia (1981) supõe a posta em marcha de instituições que possibilitam a criação de um Centro Dramático Galego (1984) e o estabelecimento de uma política cultural que deve influir sobre a produção e o consumo de literatura dramática em Galicia.
Estes autores vão ter uma dependência em relação ao circuito dos prêmios literários, fundamentalmente os da Escola Dramática Galega, e tudo devido à falta de público consumidor.
Vai ser o período onde surgem as companhias estáveis de teatro. Nos 70: Artello, Ítaca, a Escola Dramática Galega... Nos 80 consolida-se e cria-se um tecido teatral básico e um assentamento profissional que vai culminar em grupos como Sarabela e como grupo institucional o Centro Dramático Galego. Depois da criação da IGAEM em 1990, aumenta o número de companhias até um total de 46 no ano 2000.
1. A promoção de 1980: São autores nascidos por volta da década de 1950 e situam a sua obra nos últimos anos do franquismo e no nascimento da Galicia autônoma. Características:
- Frequente recurso ao metateatro.
- Teatro culturalista com forte componente simbólico e irônico.
- Rejeição das formas abertamente lúdicas e presença de um humor à beira do absurdo.
- Processos de abstração e generalização levam a uma anonimia dos personagens.
Autores desta promoção: MIGUEL ANXO FERNÁN-VELLO com “Cuarteto para uma noite de verão”, CID CABIDO com “Copenhague”, SUSO DE TORO...
2. A geração dos 90: são autores que nascem por volta dos 60 e os traços gerais são:
- Menor carga simbólica.
- Preferência pela intertextualidade.
- Cuidado na estrutura da peça.
- Redescoberta da comédia como modelo genérico.
- Convergência entre literatura dramática e espetáculo.
- Duas tendências iniciadas no Grupo Abrente: o neorruralismo e a intertextualidade.
- Primazia do caráter lúdico sobre o transcendental.
- Cultivo da comédia e do teatro histórico.
Podemos citar os seguintes autores: CÁNDIDO PAZÓ, MIGUEL ANXO MURADO com “A grande noite de Fiz” etc.